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Diário de uma guerra contra a balança.

sábado, 3 de agosto de 2013

Sibutramina

131,4 kg / IMC 41,01 / 0,9 kg Vencidos!

Quando fiz o tratamento para emagrecer em 2008/2009, um dos medicamentos que tomei foi a sibutramina. Para quem não conhece, é um antidepressivo leve, muito usado em tratamentos para emagrecer com o objetivo de reduzir a ansiedade.
Como eu dizia, eu tomei este remédio por um tempo em 2008. E durante este período eu tive várias vezes uma sensação de pressão no peito, em alguns casos acompanhada por pontadas fortes, também no peito.
Cabe aqui relatar que eu tive um problema no coração quando era criança, que foi devidamente tratado na época, mas me deixou com uma curiosa sequela: uma ou duas vezes por ano eu sinto uma pontada no peito que se torna mais frequente quando estou passando por momentos de stress extremo. Para ter uma ideia: quando trabalhei em um banco, muitos anos atrás, cheguei a ter 8 pontadas em uma semana, o que aliás, foi um dos principais motivos de eu ter pedido demissão.

Mas voltando a 2008/2009, estes dois anos foram talvez os mais estressantes que eu tive nos últimos tempos, e eu atribuí a isso a pressão e as pontadas que me acometeram naquele momento, o que meu cardiologista concordou, tanto que terminada a primeira caixa do remédio, ele me receitou outra, com uma dosagem ligeiramente maior, para aliviar os efeitos que a ansiedade estava me causando.
Só que no espaço entre o fim da primeira caixa e a compra da segunda caixa os sintomas sumiram, e quando eu voltei a tomar a sibutramina, adivinhem o que aconteceu? Exato! Os sintomas voltaram.
Conversei com meu cardiologista a respeito e ele disse que isso devia ser coisa da minha cabeça, pois não havia nenhuma pesquisa relacionando a sibutramina com os sintomas que eu estava apresentando.
Resolvi fazer uma pesquisa por conta própria e parei novamente de tomar as cápsulas e os sintomas pararam novamente. Voltei a tomar e dois dias depois estavam lá de novo.
Decidi então parar por contra própria com a sibutramina, mesmo com meu cardiologista achando que não havia nada a ver. Até porque com estas pausas eu percebi que não tivera qualquer mudança significativa na minha ansiedade ou no meu apetite.
Meses depois, eis que aparecem reportagens denunciando a sibutramina como causadora de problemas cardíacos e sendo proibida em vários países da Europa. Quando levei essas informações para meu médico ele pediu desculpas e que deveria ter dado mais valor às minhas percepções, mesmo não havendo nenhuma pesquisa científica que as embasasse, e que outros pacientes dele tomando a medicação também já tinham descrito sintomas cardíacos.
O que eu quero dizer com toda essa história é que apesar do acompanhamento profissional (médico, psicólogo, nutricionista, acupunturista, preparador físico, o que quer você tenha acesso) para o tratamento para emagrecer, o acompanhamento mais importante é o de você mesmo com você mesmo. É preciso prestar atenção ao próprio organismo e as reações dele ao tratamento.
Escute a si mesmo!

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